Caros amigos e leitores, venho por este meio partilhar convosco um texto que fiz num teste sobre a obra de Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa. Consistia em pegar num tema e desenvolve-lo tendo como base a mesma.
O tema que escolhi foi o patriotismo, como não podia deixar de ser. O texto que desenvolvi não foi mau de todo, tive um 15,4 com a seguinte crítica: "Devias ter desenvolvido mais. Escreves bem!". Confesso que nem me esforcei, o que me deixa a reflectir nas minhas qualidades como escritor, não querendo ser convencido demais.
Em Frei Luís de Sousa, o patriotismo está sempre presente, temos Maria e Telmo crentes no mito sebastianista, que numa manhã de nevoeiro D. Sebastião voltará a Portugal. Ambos acreditam na impossibilidade de o seu amado Rei estar morto, caído na batalha de Alcacer-Quibir.
Após o desaparecimento de D. Sebastião, houve uma disputa pelo trono lusitano, entre D. António, prior de Crato e Filipe II de Espanha. Venceu o lado espanhol. Filipe II de Espanha e I de Portugal.
D. Manuel de Sousa, ao saber da vinda dos governadores espanhoís, fugidos de Lisboa infectada pela peste, foge com a sua família após incendiar a sua casa dizendo: "Irão saber que há um português em Portugal!".
Este foi um acto de revolta contra o governo estrangeiro, um acto a favor da liberdade do povo português subjugado pelos espanhoís.
Todos os aspectos patriotas que referi marcam bastante esta obra e a mensagem que ela transmite. Saber que apesar da dependência de Portugal pela Espanha, ainda há portugueses convictos e orgulhosos da sua estirpe. Pessoas dispostas a sacrificar a sua segurança, bem-estar e a sua própria vida em prol de uma causa, merecem todo o repeito tal como acontece na obra, após o incêndio, Telmo passou a ver D. Manuel com outros olhos, respeitando-o e quiçá admirando-o.
Posto isto espero que quem ainda não tenha lido que leia esta linda obra de Garret, porque vale a pena, aliás vale sempre a pena pois onde realmente se aprende algo é num livro e nunca na televisão.
Saudações.
